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Promoção do emprego concorre para inclusão

24/03/2016 08:14
Promoção do emprego concorre para inclusão

Moçambique, Zâmbia e Malawi reafirmaram ontem, em Maputo, o compromisso dos respectivos governos na promoção do emprego, aumento da produtividade e da competitividade, como pressupostos básicos para a almejada inclusão e integração regional.

Numa reunião de um dia dos titulares dos pelouros do Trabalho, Emprego e Segurança Social dos três países, as partes reconheceram que uma efectiva integração regional é possível, desde que os governos se empenhem em providenciar melhor qualidade de vida para os seus cidadãos, sobretudo os jovens, que constituem a maioria da população.

Neste quadro, Moçambique, Zâmbia e Malawi vão prosseguir a troca de experiências nos vários domínios da administração do trabalho, que a par de outras medidas deve potenciar a melhoria do ambiente de negócios, através da redução da burocracia e simplificação de procedimentos que facilitem o florescimento do investimento nacional e estrangeiro, a base para a geração de emprego.

Ao nível do país, segundo Vitória Diogo, o Governo tem investido no sentido de potenciar as micro, pequenas e médias empresas para que tenham condições visando o aumento da produção e geração de postos de trabalho.

Dado o carácter transversal do emprego, o Governo preconiza a expansão da energia eléctrica, combustíveis líquidos e gás natural para o consumo industrial, doméstico e para a exportação bem como a melhoria da rede de estradas, pontes e modernização das instalações ferro-portuárias, pesqueiras, de comunicações e logística, dentre outras, que são geradoras de investimento e de negócios para o sector privado e consequente emprego produtivo e estável.

Para o Ministro do Trabalho do Malawi, Robin Henry, é importante o desenvolvimento duma colaboração que potencie o aumento do emprego e o combate à pobreza na região.

Dentre outras acções, segundo frisou, tal passa pelo desenvolvimento de competências nas zonas rurais, onde o dilema do desemprego é mais acentuado.

Segundo ele, a região não pode desenvolver com uma população jovem desempregada. É nesse contexto que no seu país está em curso uma iniciativa que visa a disponibilização de colégios técnicos comunitários nos 28 distritos para que os jovens nele formados sejam, no futuro, os motores da actividade económica, que requer cada vez mais competências.

Tal como Moçambique, o Malawi embarcou em reformas na administração do trabalho, tendo em vista a remoção das barreiras e para atender a questões específicas, como o HIV & SIDA ou mesmo a promoção do emprego decente.

Fackson Shamenda, Ministro do Trabalho da Zâmbia, defende que, a par da promoção do emprego, é preciso atender a outros fenómenos, como sejam a demanda dos expatriados ou mesmo a protecção social adequada aos cidadãos para que as actividades económicas decorram num quadro de justiça social para todos.

Acrescentou que os cidadãos devem estar aptos para responderem à expectativa do mercado do trabalho de forma eficaz.

De igual modo, segundo Shamenda, é preciso que a região também esteja preparada para aceitar os desafios impostos pelas mudanças climáticas que acentuam as crises e estar determinada para fazer face à situação daí gerada.

Os três países empenharam-se durante dois dias (reunião técnica e ministerial) na partilha de boas práticas em matéria de emprego, segurança social, legalidade laboral, tripartismo e diálogo social, bem como sobre o desenvolvimento global e do mercado de trabalho.

O evento esteve sob a égide da Organização Internacional do Trabalho (OIT), através dos Escritórios Sub-regionais de Lusaka (Zâmbia), que integram Malawi, Moçambique e Zâmbia.

Fonte: Jornal Notícias