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Governo moçambicano institui sistema modular no ensino técnico - profissional

22/02/2016 15:31
Governo moçambicano institui sistema modular no ensino técnico - profissional

O governo moçambicano vai, no presente quinquénio, reformar o ensino técnico - profissional, introduzindo um sistema de carácter modular.

O novo sistema terá, em três anos de escolaridade, três níveis com diploma para cada um, entre outros aspectos.
A reforma é tida pelo governo como uma das medidas para tornar o ensino técnico - profissional em plataforma de desenvolvimento socioeconómico do país. 
Formar tendo em conta os padrões de competências para aquilo que o mercado precisa, é um dos principais objectivos da presente medida.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico - Profissional, Jorge Nhambiu, explicou que os módulos serão desenvolvidos em qualquer instituição de ensino que esteja credenciada para tal. 
“Alguém pode começar o curso em Maputo e terminar o mesmo em Inhambane. Estamos a preparar uma postura que possa fazer esta mobilidade do estudante”, sublinhou Nhambiu, que falava hoje à imprensa à margem da I reunião nacional de planificação do ministério, que decorre em Maputo.
No sistema anterior do nível técnico médio, era necessário que o estudante completasse os três anos de escolaridade para ter um diploma.
Com esta reforma, de formação por competências, o ensino técnico - médio passa a dispor de três níveis, denominados CV3, CV4 e CV5.
“Cada ano de formação, dentro dos institutos médios, passa a ter um diploma. Assim sendo, não mais será preciso completar os três anos para ir ao mercado de trabalho. Pode ser que o empregador só precise de pessoa que tem o CV3. Então, com um ano de instituto já pode ir ao mercado de trabalho”, explicou o governante.
Outra inovação permite em conferir competências a alguém que, mesmo não tendo ido à escola, tenha experiência profissional. 

Aqui, o sector terá a possibilidade de testar o indivíduo e dar-lhe um certificado de competências adquiridas durante a sua vida profissional.
Falando na abertura do evento, o Ministro disse que a reunião pretende, entre outro aspectos, consolidar as prioridades do sector que dirige e a gestão administrativa para o presente quinquénio, a todos os níveis.
Falando sobre cada sector, o ministro disse que, no domínio da Ciência e Tecnologia, há o desafio contínuo de actualizar e elaborar legislação atinente ao sector, promover a criação e acreditação das instituições de investigação científica e inovação tecnológica, massificar as tecnologias promotoras do crescimento e desenvolvimento nacional, entre outras questões.
No que tange ao Ensino Superior, o titular da pasta da Ciência e Tecnologia indicou que “devemos elaborar e promover políticas e estratégias de desenvolvimento deste subsistema de ensino, a médio e longo prazos, com enfoque para a expansão do acesso, melhoria da qualidade de ensino, da investigação e da extensão, visando responder aos desafios de desenvolvimento nacional e à demanda do mercado de trabalho”.
No domínio do Ensino técnico - Profissional, o grande desafio, segundo o Ministro, é assegurar a expansão do acesso e adoptar um currículo baseado em padrões de competências, para garantir que os graduados tenham uma formação relevante e de qualidade.
A reunião nacional de planificação em destaque conta com a participação de membros do Conselho Consultivo do Ministério, directores provinciais de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior e Técnico - Profissional.
O evento tem como objectivo reflectir sobre os melhores procedimentos para o alcance de missão e objectivos estratégicos do sector; estabelecer o melhor mecanismo de comunicação e articulação entre as unidades do órgão central, instituições subordinadas e tuteladas pelo ministério; e capacitar os participantes em matéria de liderança, planificação e boas práticas de gestão dos recursos do Estado. (AIM)