Governo prioriza censo populacional
O Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, disse que o censo da população de 2017 é a principal prioridade de todo o Sistema Estatístico Nacional (SEN).
Falando ontem, em Maputo, na abertura do XIX Conselho Consultivo Alargado do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), Maleiane afirmou que o executivo apela a todos os parceiros internacionais e nacionais a juntar esforços para o sucesso do empreendimento.
“Trata-se de uma iniciativa de vital importância para o conhecimento da realidade, tendo em conta o objectivo estratégico de satisfazer as necessidades de informação de base demográfica, económica e social visando a elaboração, implementação e monitoria de planos, programas de desenvolvimento nacional e dos objectivos de desenvolvimentos sustentáveis no plano global”, disse.
No evento que termina hoje e que decorre sob o lema“INE - 20 Anos Produzindo Estatísticas Oficiais em Prol do Desenvolvimento Nacional”, o Ministro exortou aos quadros do INE aacelerar a realização do IV Recenseamento da População e Habitação de 2017 com os recursos disponíveis.
“Para o efeito, lanço um enérgico apelo para o máximo de austeridade sem perigar a qualidade dos seus resultados”, disse
Adriano Maleiane considerou o censo da população como sendo uma função imperativa do Estado, com vista a obtenção de dados com a maior desagregação territorial possível, nomeadamente sobre o principal recurso da Nação, os recursos humanos, essenciais na definição de políticas e estratégias de desenvolvimento em todos os sectores e níveis de governação bem como em todas as actividades públicas e privadas.
Falando sobre desafios que se colocam ao SEN em geral e ao INE em particular, o governante apontou o alargamento da cobertura territorial na recolha de dados para a produção do Índice de Preços no Consumidor (IPC), bem como sobre a necessidade da adopção de nova estrutura de ponderadores no seguimento dos resultados do último inquérito aos orçamentos familiares, à produção de estatísticas sectoriais, a utilização dos registos administrativos para a produção de estatísticas vitais e sociais. Particularmente sobre este último aspecto, Maleiane chamou atenção para o facto de não se justificar a sobrecarga de respostas dos fornecedores de dados.
“Passos importantes devem ser dados neste sentido nos próximos tempos entre o INE, o Banco de Moçambique (BM) e a Autoridade Tributária de Moçambique (AT)”, afirmou o ministro.
O conselho consultivo alargado do INEreúne chefias da instituição a nível central e provincial, bem como representantes Banco de Moçambique e outras agremiações que produzem e utilizam informação estatística oficial nacional, para além dos parceiros de cooperação e representantes de associações económicas e instituições superiores de ensino e fazer uma apreciação do nível da execução das actividades inscritas no plano de actividades do SEN de 2015 e perspectivar 2016.
O evento fará ainda a apreciação da informação sobre o Índice do Preço no Consumidor – Plano de Acção 2016/2017, ponto de situação do Censo de Empresas (CEMPRE) e informação sobre Sistema Integrado de Estatísticas Económicas (SIEE), dados relativos ao Inquérito dos orçamentos familiares, recentemente realizados, bem como a informação referente ao estágio dos preparativos do Censo da População e operação estatística que terá lugar no próximo ano.
Fonte: Jornal Notícias